Patente de medicamento no Brasil

Patente de medicamento no Brasil

A patente de medicamentos no Brasil é um instrumento legal que garante ao titular do registro o direito exclusivo de produzir, utilizar, vender e comercializar um medicamento por um período determinado. No entanto, o registro de uma patente de medicamento no Brasil pode apresentar algumas dificuldades, especialmente devido aos requisitos rigorosos estabelecidos pela legislação brasileira de patentes.

A legislação brasileira de patentes é regida pela Lei de Propriedade Industrial (Lei nº 9.279/1996), de acordo com o artigo 229-C da Lei, a concessão de patente depende da prévia anuência da Anvisa, e após autorização, é avaliado pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) como órgão regulador responsável pelo registro e concessão de patentes no país.

Para registrar uma patente de medicamento no Brasil, é necessário atender a alguns pré-requisitos, como NOVIDADE, ATIVIDADE INVENTIVA e APLICAÇÃO INDUSTRIAL, e adicionalmente, comprovar a qualidade, eficácia e segurança do medicamento para uso. Isso significa que o medicamento deve ser uma inovação em relação ao que já existe no mercado, não ser óbvio para um especialista na área e ter aplicação industrial.

Uma patente de medicamento tem validade de 20 anos a partir da data de depósito do pedido no INPI, desde que sejam pagas as taxas de manutenção anualmente pelo titular.

Para derrubar uma patente de medicamento, é necessário entrar com um processo administrativo ou judicial argumentando que a patente não cumpre os requisitos legais estabelecidos, como falta de novidade ou atividade inventiva.

Uma das principais vantagens de ter uma patente de medicamento é a exclusividade de comercialização, o que permite ao titular obter alto retorno financeiro pelo investimento em pesquisa e desenvolvimento. Além disso, a patente também pode valorizar a empresa no mercado e estimular novas inovações para o setor.

Para elaboração de dossiê de registro de patente, deve-se levar em consideração as seguintes informações, porém não se limitando somente a estas:

– Relatório Descritivo: Descrição detalhada do medicamento, incluindo sua composição, formulação, método de produção e características técnicas.
– Reivindicações: Lista detalhada das reivindicações da patente, ou seja, as características específicas do medicamento que se pretende patentear.
– Desenhos e/ou Diagramas: Desenhos técnicos ou diagramas que ajudem a compreender melhor o medicamento e suas características.
– Discussão e conclusão: Resumo claro e conciso das reivindicações da patente através de argumentação técnica.

Registrar uma patente de medicamento no Brasil requer atenção aos requisitos legais estabelecidos pela legislação de patentes e pelo INPI.

Apesar das dificuldades, a patente de medicamento pode trazer diversos benefícios para o titular, desde que seja mantida e defendida adequadamente.

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