NITROSAMINAS – Avaliação técnica

NITROSAMINAS

Em 2018 foi a primeira vez que houve a detecção de nitrosaminas em medicamentos, a partir desta ocorrência, a OMS internacional emitiu um alerta mundial sobre o risco e contaminação de medicamentos contendo estas impurezas.

As impurezas de nitrosamina foram detectadas em outros medicamentos pertencentes à família sartan, incluindo: N-nitrosodietilamina (NDEA), N-nitrosodiisopropilamina (NDIPA), N-nitrosoetilisopropilamina (NEIPA) e ácido N-nitroso-N-metil-4-aminobutírico (NMBA); e impurezas de nitrosamina foram relatadas em produtos contendo pioglitazona e ranitidina também.

As nitrosaminas embora também estejam presentes em alguns alimentos e fontes de água potável, sua presença em medicamentos é considerada inaceitável e deve ser monitorada seguindo diretrizes preestabelecidas.

O guia do ICH M7 realiza a classificação em grupamento 1 e 2 destas impurezas carcinogênicas e mutagênicas. Neste guia esclarece os limiares toxicológicos de 5 impurezas provenientes de nitrosaminas (baseado na DL50).

Segue link de acesso ao Guia M7 do ICH = https://www.ich.org/page/multidisciplinary-guidelines

As nitrosaminas são geralmente provenientes de moléculas que possuem em sua estrutura compostos Nitritos e Aminas. A amina mais comum de se formar nitrosaminas são as aminas secundárias, mas existem relatos em literaturas de se formar nitrosaminas em aminas primárias e terciarias também. Outras estruturas moleculares que não contenham Aminas ou Nitritos também podem apresentar nitrosaminas devido a resíduos de outros reagentes ou insumos utilizados no processo produtivo.

A nitrosaminas são impurezas que podem ser provenientes de um processo de fabricação de produto acabado ou; em insumos farmacêuticos, através de sua rota de síntese, contaminação cruzada entre insumos durante alguma parte do processo produtivo, podem ser provenientes de uso de água com tratamento inadequado, ou combinação de fatores que possam interagir com agentes oxidantes (condições de armazenagem e embalagem também podem influenciar). À medida que alimentos e medicamentos são processados ​​no corpo, as nitrosaminas também podem ser formadas.

Nos casos em que o nível de impureza de nitrosaminas é observado abaixo dos limites aceitáveis ​​ou inexistentes, esses produtos são considerados seguros em relação a nitrosaminas e podem ser comercializado para a população.

A Anvisa exige o monitoramento destas nitrosaminas para conhecer os medicamentos e possíveis interferentes, visando a segurança de seus consumidores frente a estes compostos altamente carcinogênicos.

A legislação nacional é a RDC 283/2019 referente a este assunto, porém é utilizado outras para suportar a documentação.

https://www.in.gov.br/web/dou/-/resolucao-rdc-n-283-de-17-de-maio-de-2019-118357341

Existem empresas terceiras que realizam o estudo toxicológico de nitrosaminas através de software, base de busca em biblioteca e tratamentos estatísticos.

Nós da A3Analítica realizamos a avaliação preliminar ao estudo toxicológico.

Realizamos análise de risco avaliando o DMF (quando aplicável), documentos de dossiê de produção, rota de síntese, avaliação da necessidade de desenvolver metodologia de quantificação de nitrosaminas, e justificativa técnica para a não necessidade de realização ou a realização de novos passos; entre outros. Em alguns casos não é necessário realizar o estudo toxicológico, seguindo a análise de risco e justificativa técnica.

Estamos a disposição para auxiliar sua empresa nesta avaliação de NITROSAMINAS!

consultoria@a3analitica.com

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